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Seis

Uma grande família é assim que eu nos sinto, um imenso cinco. Cinco de circular e de abraço apertado. Um cinco de cinco estrelas e de cinco pontas de uma. Um círculo perfeito, de peças maleáveis e docinhas. Vamos cada um de nós se moldando aos outros, se deixando infiltrar pelos feitios, pelas pequenas subtilezas de cada um. Às vezes neste acto de nos adaptarmos, há atritos, pequenas fricções, outras vezes avanços, mãos que se apertam, peitos que se abraçam. Somos uma família grande, maior que a maioria das famílias que conhecemos. Aos olhos de muitos que estão do lado de fora, parecemos muitos, somos espaçosos, de pouca portabilidade. Um olhar que parece dizer já chega que 3 é boa conta (e muitas vezes as vozes que verbalizam mesmo isso, como se houvesse uma conta certa, que geralmente na cabeça de uma maioria é a de um casal, menino e menina, o terceiro filho faz sentido se os dois primeiros forem do mesmo sexo). A nossa conta assim é, e assim será, e enquanto a vida for aquilo que nos é apresentado, continuaremos a ser cinco. Um mágico 5 que se desenha e nos sorri.  A razão sabe que a vida é o que é, não é outra e este perfeito cinco é o que me ilumina, acende e permanece. O coração por vezes  pensa na alegria que seria poder ser mãe outra vez, experimentar ainda mais uma vez um novo amor, um novo milagre, dividir-me de novo em nome de um seis mas a realidade é bem mais concreta e determinante.

O João, que até viveu dias conturbados por ciúme da sua mana e por não ter as atenções tão centradas no seu ser menino, que se pega com o irmão grande por coisas pequenitas, por várias vezes já tem dito que queria que fossemos seis. Eu queria seis, um mano mais pequenino de quem a mana e eu e o Dudu fossemos os manos maiores. Um rapaz, só nosso. Seis, eu queria seis. Eu sorrio. brinco. E onde poríamos esse novo bebé? Ele magica lugares no seu projecto inocente...

Este seu olhar menino, que sempre pergunta quem é a irmã e o irmão de alguém, que não entende muito bem porque os outros não têm dois irmãos como ele, é para mim digno de encanto e de nota. Um brilhante desígnio de que no futuro possa haver um olhar diferente para as coisas e para o mundo. Um olhar em que os manos e os filhos não são estorvos, não são a mais nem são a menos, são os nossos, que nos apoiam e que estão num para sempre lá. E que ao olharem para a nossa família de cinco, consigam ver nos seus olhos brilhantes a alegria que é poder multiplicar o amor. E que nos nossos corações, fosse a vida um pouco mais favorável, ainda caberia certamente mais um (ou até dois)....

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Read Comments

3 brilhos:

Isabel disse...

:)
quem sabe não sai o euromilhões?
:)
se me sair a mim, começo já a pensar no próximo e a seguir, contrato um psiquiatra...lolol
adorei vê-los, que familia bonita tens!!!
beijinhos

Inês disse...

Como eu te entendo!
Tb eu gostava de ser um nº maior, 5 ou até 6!
A vida é muito rápida e o tempo parece q já n estica para 4...
às vezes apetece-me fugir, assim para um fim de mundo e viver com menos, mas gozar a vida e poder aumentar a prol...
Bjs
Inês

cvcsvg disse...

Como te percebo..

O meu mais velho até diz " Mãe, agora somos uma mão cheia!!!.. Falta a outra!!!"

Lindos