Horas contadas
Acho sempre que o tempo é pouco, que não serei capaz de registar nada que valha as linhas que ocupa. Que a mente esvazia-se face à quase imposição de um: tenho de escrever um post se não a Fábrica fecha. E cá estou eu de coração e palavras em riste, na batalha para que os dias que escorrem se possam também aqui espelhar. A culpa é do tempo, esse malvado roubador de textos em Fábricas de meninos. E do corre corre lufa lufa e cérebro desmaiado no final de tantos dias.
A esses, os dias, gosto de os ver a derreter, devagar, a serem preguiçosos e demorados e as horas em que somos "todos" se encherem de toques, abraços, gargalhadas, mimos, consolos, mais mimos, beijos e olhos que se tocam, num quero tanto que sejas meu para sempre. E este para sempre enche-me o peito, para os dias pé-de-lebre que nos fogem dos dedos, que nos fogem dos olhos... os dias mais rotineiros, mas injustos, em que há sempre a pressa de qualquer coisa, a hora de acordar, a rapidez no vestir, as mãos cheias de meninos e mochilas e casacos e minutos, muitos minutos a encher... um tempo de outras vidas, outras lutas e de nova a corrida do tirano tempo, despe, banho, sopas, pratos cheios, alguns beijos. Já é tão tarde, rápido para a cama, uma história que se acaba, o tempo é de dormir.
1 brilhos:
e o que me custa esse corre-corre lufa-lufa
na maioria dos dias sinto que nem consigo "aproveitar" os meus filhotes...
beijocas grandes
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