Lilypie Fifth Birthday tickers

Lilypie Second Birthday tickers

Tirando a febre

que chegou em jeito de ameaça, será gripe ou não... e era, e é... mas agora quando se tem quatro anos não se fica a saber qual é... uma qualquer, um vírus que gostou do quente do nosso corpo e por ali fica fazendo a febre subir aos 39 e até mais. Qual é? Fica por responder. Apenas o rosto muito pálido e umas olheiras teimosas que confirmam a falta de apetite e de energia. E em redundante mau feitio te expressas, que isto de passar uma semana e meia em casa não é do agrado de nenhum soberano. Tu, rei dos teus castelos imaginários e das tuas, tantas vezes excentricas, vontades... acumulas os dias e as horas como fardos... e para aliviar o peso dos dias, revoltado, questionas a ordem imposta pelos senhores que os vírus dizem conhecer... quantos dias mãe? quantos dias? e porque não ficas aqui comigo? Tens sempre de ir trabalhar...
A voz adoça-se como se fosse rebuçado de mel, já sabes para quê que a mãe e o pai têm de trabalhar, não sabes João? E onde é que eles aprendem a bater com um pé no chão quando querem fazer valer a sua teimosia?
Fiz-lhe um sofá de almofadas na cama ainda tão quente (e para mim tão apetitosa)... ligamos a televisão, na casa da vovó onde passamos o recobro o quarto tem televisão... ali fica. A mana palra, hoje a manhã resolveu acontecer bem cedo, a empurrar-me para uma distância que é difícil de suportar, sempre difícil de suportar.
Volto já filho, se te portares bens trago-te uma coisa. Eu já tenho muitos brinquedos, não quero mais nada (que grande lição mãe) mas podes trazer-me um beijinho. Assim será o suborno, um beijo repenicado e seco (que ele não gosta que lhe babem a cara) ao fim da manhã... no intervalo deste dia em que o tem de ser me leva, mas o meu coração não sai daí.

Editado: Também a princesa teve dias de febre, mas com um diagnóstico bastante impreciso.  Estão ambos de quarentena de 7 dias, mas que já vão em mais que houve recaída, mas não estão separados, uma vez que até ao diagnóstico estiveram sempre juntos.

Memórias da festa a dois chegarão em breve, aguardamos a chegada dos registos fotográficos!

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Há um ano desenhava-se o que viria a ser este sorriso



Assim como devoras  cada dia, pisas as folhas das horas felizes e os teus olhos ávidos procuram tudo beber, o mundo te dará em festa e magia muitos momentos, surpresas, alegrias, muitos caminhos, sorrisos, lágrimas e abraços.
Assim como devoras cada dia numa maça feliz,
Assim como enches os nossos corações,
A vida te fará imensamente Feliz!

O primeiro ano é sem dúvida aquele em que a mudança, a evolução e a conquista são mais marcantes, tudo é rápido, passageiro... no dia que se segue ao dia já se sabe mais. se brinca mais, se conquista mais.  Soubéssemos nós manter no coração todo este olhar maravilhado pelo mundo que nos faz crescer tão depressa e conquistar novos desafios, pudessemos nós guardar para sempre este olhar esfomeado e esta sede de aprender...
Puros de intenções, seríamos senhores de todo o caminho que desejássemos!

Que a vida te guarde a fome de mundos e os olhos ávidos, longe chegarão os teus passos.
Feliz Aniversário Luminosa Princesa!

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4 a 24


Foi um fim de dia bom. Alguns amigos. prendas. beijos.
O João mostrou-se um pouco nostálgico, acho que já sofre de depressão de aniversariante. Parecia um pouco estranho com a animação em torno dele. Cantamos muitas vezes os parabéns.
E no fim a descoberta de uma prenda como o seu mano.
O tio tocou para ele e ele encantando por ter uma guitarra "a sério"....
Foi um dia bom, com a promessa de uma festa grande para o 4 dele e o 1 da mana.
E também vou ter presentes?
Que delícia ver-te crescer.
No dia seguinte queria fazer 5!!!!

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Amanhecer com 4 anos


Entrou no quarto dos papás já de sorriso vestido, Parabéns meu anjo... Obrigado Obrigado... e foi um obrigado tão feliz...a mana a agarrar-lhe a cara e a beijá-lo, como se percebesse. Debaixo da almofada do papá saiu um Faisca, um Faísca McQueen como ele lhe chama, talvez as fadas tivessem lá deixado o carrinho, quem sabe... Uma manhã risonha e tranquila. Ao sair para a rua em sorriso ainda perguntou, e na escola vão todos dar-me os Parabéns? Claro que sim, como não, hoje o dia é teu, só teu, tão teu... e um bocadinho meu também que há 4 anos a esta hora já me estava a despir para te receber. Fazer-me mãe, a tua mãe.
No quarto a foto do dia mágico, o pai a contar que te vestiu. Com quê? quer saber. Com esta roupa que estás na fotografia... parecias um coelhinho com este chapéu com orelhas. Riu-se.
Que manhã tão calma e feliz.
4 sonoros anos... tão pequeno e já tão crescido... tão nosso, a conquistar o que e teu!
Felizes 4 meu anjo, felizes que sejam esses teus 4 e os outros que se irão multiplicar.
Daqui até ti.
Estou a sentir-me assustadoramente feliz e orgulhosa.... não cabe no bolso este abraço e estes olhos que se molham... assustadora e orgulhosamente feliz!

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Amanhã é dia de ser feliz

E hoje também, porque não? Mas amanhã contam-se anos completos que o meu corpo se rasgou e se fez mãe. Do ventre amanhecido se fez menino, o meu João.
Amanhã será dia de mais abraços, mais mimos, de velas cantadas. Hoje é dia de recordar os dias de antes, e os dias de depois... ser gente na mesma, mas diferente em mim. A mesma, mas mãe.
Hoje abraço-te a beleza e bebo-te nos olhos a meninisse... 4 já parece sonoro, grande, capaz... E ao mesmo tempo ainda te pões de pé em cima da cama para seres do meu tamanho. Às vezes queria que fosses grande, mas amanhã, hoje e depois vou tentar lembrar-me o quanto ainda és pequenino, o quanto ainda me cabes no colo, me pedes colo...
Esta semana que acabou foi difícil, longe do pai fizeste-te de novo bebé, um não sei comer, não sei calçar, não sei fazer... como que a querer dizer-me: mãe abraça-me que eu não quero crescer, quero ser teu e do pai e ter sempre colo. É hoje que o pai vem, é agora, já chegou? Feliz a recebê-lo no combóio, fizeste-te crescido e ficaste acordado, ansioso à espera. Feliz!
Meu rapaz, meu lindo e doce rapaz... quisesse eu cristalizar em imagens estes 4 anos e uma imagem desfila nos meus olhos fechados de memórias: o teu doce sorriso escancarado, os olhinhos fechados... a tua pose para a fotografia. Sorri João! Sorri!

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Ascendentes

João Touro
Todos os que têm Touro como Ascendente são conhecidos por terem uma forte personalidade e poder. Fazem as coisas ao seu ritmo natural, que por norma é lento, demasiado estáveis, este Ascendente confere aos seus nativos resistência quase total às mudanças. Teimosos e de ideias fixas, estes nativos têm metas muito bem estabelecidas, e como são materialistas, vão chegar ao sucesso devido ao seu trabalho e esforço contínuo. São muito sociáveis, mas discretos. Gostam de sair e estar com os amigos, mesmo quando estão sem sentido de humor, o que os pode tornar rudes e sem sentido de humor. Mas este temperamento deve-se à sua natural timidez.
Palavras-chave: poder, cautela, segurança, paciência.

Clara Escorpião
Todos os que têm Escorpião como Ascendente são conhecidos pela forte presença e teimosia. Convictos das suas decisões, não voltam atrás com a sua palavra. Não é fácil fazer estes nativos a mudarem de opinião, muito menos depois de já terem tomado alguma decisão. As pessoas nascidas sob o Ascendente de Escorpião têm uma espécie de dom, eles parecem conseguir ver para além da superficialidade das pessoas, conseguem ver a alma. Planeiam a vida muito cuidadosamente, anseiam estabilidade económica, valorizam o conforto, portanto trabalham afincadamente para chegarem ao sucesso.
Palavras-chave: teimosia, insistência, determinação, tranquilidade, poder.
 

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O Signo Sagitário dos dois

     Esta é uma criança do signo de Fogo. É exuberante, extrovertida e cheia de energia.    Quanto mais actividades ao ar livre, espaços amplos e abertos, melhor.   Não confina o pequeno sagitário em berços, quartos apertados, salas de aula, ou banco traseiro de um carro.   Eles não gostam disto.
    Preferem liberdade, ambientes grandes, janelas e ... horizontes.
    São, desde pequenininhos apaixonados por atlas, globo terrestre, mapas, documentários sobre regiões distantes, enciclopédias, colecções de Geografia, História etc... e tudo que mostre o tamanho do mundo. Para eles, enorme.
   
    Vão adorar as viagens, para qualquer lugar. E, não precisa vir junto papai, mamãe ou vovó. Pode mandá-los em excursões, com a turma do colégio, com a família do vizinho etc...
    São, desde criança, desapegados e independentes.
   
    Apreciam todo e qualquer tipo de desporto. De preferência ao ar livre. Os velocípede, as bicicletas, os skates, patins, kart , esqui serão sua paixão. Terão também uma outra fulminante paixão os cavalos. Adorarão montar a cavalo. Mas os velozes, que saltem obstáculos. Esqueceram-se que no símbolo do Sagitário, metade deles é cavalo? Foram feitos para viverem a galope e percorrerem grandes distâncias.
   
    Não os queira quietos, sentados, compenetrados, obedientes, enclausurados. Não são eles. Preferirão passar a maior parte do tempo fora de casa. Na rua, no clube, na praia, nos parques. A casa é muito apertada para eles.
   
    Uma saúde de ferro. Comem de tudo, o que pode acabar atacando o seu ponto fraco o fígado. Detestam o controle, as ordens, a rotina, os limites. Isto não rima com o fogo de Sagitário, nem com a seta do arqueiro (símbolo de Sagitário) voltada para o infinito.
    Não têm medo de nada. Nem de escuro, nem de ficar sozinho, nem dos bichos, nem de injecção. São fortes e corajosos.
   
    São crianças extremamente alegres e, com uma capacidade extraordinária de se divertir com qualquer coisa, em qualquer lugar. Fazem amigos com facilidade e sentem-se bem em qualquer lugar.
   
    Adoram os livros, os museus, as exposições e tudo o que guarde algum tipo de conhecimento. São curiosos e ávidos para aprender. Vale à pena investir numa boa educação. Podem ter um dom especial para as línguas.
   
    O pai deve ser alguém suficientemente culto e, bem informado, para responder às insaciáveis perguntas dos pequenos sagitarianos. Às vezes, perguntas que exigem alguma reflexão e capacidade de filosofar. Para eles, o pai deve ser alguém que sabe. Mas, deve ser também alguém alegre e, com um espírito otimista e, que tenha uma visão positiva da vida e do mundo.
   
    As férias e os lugares de lazer, para esta criança, devem ser ao ar livre, onde, ela possa ser deixada solta, podendo ir e vir a hora que quiser. Lugares onde reúnam muitas actividades desportivas, como os clubes de férias, também serão excelentes. Como adoram aventura, vão querer acompanhar os adultos ou, o irmão mais velho, nas trilhas, acampamento, escaladas, passeio de helicóptero etc... Nem passa pela cabeça deles, que eles precisam pedir autorização para fazerem o que querem. Nasceram assim, com essa alma livre, independente e, sem nenhum tempo para deixar de viver a vida, com o entusiasmo e alegria que ela merece. Eles não conseguem compreender como não se pode fazer alguma coisa que se queira. Quem disse? Não têm a menor tolerância para limites.
   
    Expansivos, como o seu elemento - o Fogo - precisam de tudo, muito. Um quarto grande, uma cama enorme para se esparramarem, um armário de muitas portas para guardar seus muitos brinquedos e, suas muitas roupas, uma grande mesa de estudo para espalharem seus muitos livros. Muitas folhas de papel em branco, para fazer seus muitos desenhos.
    Nada em Sagitário é pouco ou pequeno.
   
    Não precisam de muitos mimos, excesso de atenção, mimos e paparicos. Não gostam de que agarrem eles, abracem eles ou os beije muito. Trocam tudo isso por espaço, autonomia e liberdade. Esta não é uma criança frágil, nem carente.
    É insaciável sim. Mas, de brincadeiras, estímulos, curiosidade e ação.
   
    Logo, logo, aquele brinquedo ou carrinho bárbaro com o qual eles passavam horas se entretendo, ficam desinteressantes e, passam a querer algo novo, para substituir aquilo que perdeu a graça. Não se deve alimentar esta tendência sagitariana a essa insatisfação, causada pela perda rápida de interesse, pelas coisas já conquistadas e adquiridas. Precisam aprender a dar mais valor aquilo de que possuem e de que já está na mão. Caso contrário, reforçaremos esta má tendência dos sagitarianos de ir sempre em busca de alvos distantes e, de desprezar o que está próximo. Deve-se criar algum desafio para eles conquistarem as coisas, em vez de lhes dar tudo, o que eles pedem e querem. Eles não valorizam o fácil.

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Os nomes

Ana: Significa cheia de graça e predispões a criança a se tornar muito segura, graças à sua boa organização mental. Sua intuição lhe garante boas escolhas nos estudos, na profissão e no amor. Do hebreu "cheia de graça", "que tem compaixão, clemência".

Clara: Significa brilhante, ilustre e revela uma pessoa com forte senso crítico e muita racionalidade. Nem sempre os outros entendem seu autocontrole e seu perfeccionismo, mas essa é sua forma de lutar pelo sucesso. Geralmente, progride muito na vida. Do latim "brilhante, luzente, ilustre".




Francisco: relativo aos franceses e indica uma pessoa de carácter firme e audaz, mas que encontra problemas no relacionamento social porque quer que sua opinião prevaleça sempre.
 
João: Significa agraciado por Deus e indica uma pessoa com forte espírito de liderança. Impulsivo, às vezes é mal interpretado, mas seus actos sempre visam o benefício da maioria, pois possui nobreza de carácter.

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Registos da Princesa Clara

Temos dois mimos muito nossos.


Um é ela por a chupeta e agarrar-me a mão, para que encostá-la ao seu rosto pequenino, fico assim com a mão, entre a bochechita e a orelha e ela inclina a cabeça como se todo o seu peso fosse ali descarregado.

O outro é ela puxar-me e encostar a sua testa à minha dizendo enquanto se balança haaaaaa haaaaaa


Ambos são tão booooons.

Infelizmente não consegui fotografar porque ela vê a câmara e não quer mimos, só sorrir e tentar agarrar.

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Pérolas do Rei João

Muito manhã, dou-lhe o leite e encosto-me a ele ainda na cama.

(sim, por aqui ainda se chega aos quatro a beber leitinho no biberão... e para ser sincera, não tenho pressa nenhuma de o abandonar, e muito menos o João, é o seu lado bebé e o seu mimo de manhã e à noite)

- Mãe, eu sonhei com o Pinheiro, blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá e depois ele corria e eu blá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá blá e então blá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá blá... Num achas?


- hã hã... assenti no meio de algumas tentativas frustradas de recuperar mais 5 minutos de sono
- Olha!.... Vira-me as costas profundamente zangado - eu também vou começar a dizer-te hã hã para ver se tu gostas!
Acordei logo!*


****

Há uns dias:

Já atrasada fecho a porta.
Mamã vamos à vovó? Não, porquê? Tenho sede! Porque não pediste em casa?
Procuro as chaves, não tenho. Um berreiro descomunal. Ligo ao pai para não acordar a bebé.
Abre a porta pf!
Bebe a água. Certifico que levo as chaves de casa. Fecho a porta. A chave do carro ficou em cima da mesa. Abro a porta. Pego nas chaves. Fecho a porta.
Mãe estás zangada? Não.... (Humpf, manhãs...)

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A nova Fábrica

Depois de tanto tempo de ausência, e da Fábrica há muito ter perdido os desenhos que eu tinha feito, resolvi mudar-lhe o rosto. Um incentivo ao registo. Ainda está em modo beta... espero resolver alguns problemas em breve.
Aqui iremos continuar a morar.

NOTA: Não estou a conseguir perceber o que se passa com a caixa de comentários... espero resolver em breve)

Nota 2: Resolvidos os comentários... agora deixaram de funcionar os links que estão lá em cima... mas isso vai ser resolvido.

PROBLEMAS APARENTEMENTE RESOLVIDOS --> Fim das Obras

Bem vindos à fábrica de cara nova!

--> Abaixo post muito longo de actualização

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de longe e de perto

Tenho me mantido afastada destes registos, com medo, talvez, de que as palavras venham acompanhadas de algum lamento ou que não tenham de recheio as cores com que gosto de pintar a vida. Hoje, no meio da resolução, para quê lamentar quando tens de mudar... resolvi limpar o pó a esta fábrica que amo de coração, onde tantas vezes deposito o meu coração de mãe e quase sempre, no fim de algumas linhas de prosa, o suspiro amoroso me invade o dia. Quase em todas as vezes, saio daqui mais leve.

Sei que já são poucos os que nos acompanham, muitos foram ficando cansados deste mundo virtual e outros acabaram por desistir de cá vir, tantas foram as visitas em que não havia novidades. Sei que o segredo de um blog frequentemente visitado é assiduidade com que fazemos registos e também a assiduidade com que visitamos os outros blogs de conteúdos e interesses semelhantes. Neste toma lá dá cá, da qual não sou propriamente perita, devo dizer que apesar da cada vez serem mais espaçadas estas minhas palavras, também cada vez é maior o apresso que tenho pelos que visito e que me visitam. Mães (essencialmente) que partilharam tempo de barriga, que viram acontecer mais ou menos ao mesmo tempo, o nascimento do meu e dos delas e que aos poucos fomos conhecendo e abraçando em palavras.

Ao ler algumas coisas menos positivas em cantinhos vizinhos, descubro que no meio dos blogs mais badalados e visitados há também à mistura um pouco da maldade que existe no mundo. Pessoas, que como eu, ao se exporem, expõe-se à crítica, à inveja, à maldade. Em 4 anos e meio de blogosfera, posso dizer que é para mim uma enorme felicidade ter apenas encontrado pessoas que aqui (e na antiga Fábrica de Fazer mundos) vieram deixar o seu apreço, a sua amizade, o seu carinho e até o seu ombro.
Muitos passam desde sempre... alguns em silêncio, outros a quem eu não posso devolver a visita (ccoimbra... veliam....). Já foram as visitas que me incentivaram a tentar a assiduidade. Neste momento, sinto um grande peso na consciência, por ter iniciado este registo e por não estar a conseguir manter: porque facilmente me esqueço dos episódios mais engraçados... porque frequentemente penso, vou escrever isto, e depois quando venho acabo por não o fazer (mais ou menos como agora)...

São os meus filhos que aqui me trazem, sendo que para quem ainda tem a coragem de aqui passar, deixo esta primeira parte e o meu imenso abraço, pois no meu coração estão também as peripécias dos que por este excêntrico mundo virtual vou conhecendo. Fica a advertência que esta que aqui está sou eu, mas não sou eu por completo, é o pacote mãe que aqui deixo e será sempre assim. Talvez nas entrelinhas se conheça a mulher por detrás das palavras, talvez a quem me veja por outros lados (virtuais ou reais) consiga perceber a mulher para lá da aventura da maternidade. Mas esta é aquela que eu escolhi deixar aqui.

A partir daqui ficam os meus pequenos, aos representantes das caixas de comentários, aos leitores anónimos, aos que já vieram, aos que um dia chegarão. Fiquem connosco enquanto ficarem por bem. E aos que tantas vezes me deixam palavras, mimos e abraços... saibam que também moram cá dentro.

*********

Somos 5 há 11 meses e dois dias. Tanto mundo que mudou dentro de nós. As rotinas. As exigências... as surpresas. A casa tem vida, tem alegria, tem desavenças, tem advertências, tem surpresas e até mistérios. Isto é crescer. Penso e digo (em mim e para eles). A mana já cresceu? Pergunta o João menino e impaciente. Já fala? Já anda? E depois diz feliz à tia: A minha mana já brinca. Já Já! Sentados na sala, na manta dos brinquedos rodeados de almofadas e dos meus olhos. Calmos às vezes. Outras em silêncio quebrado por um repentino acesso de não gosto de ti afinal. São mil os olhos que os bebem. Às vezes também a pressa de que cresçam, outras a vontade de que o tempo pare e cristalize a paz que nos envolve. A três é como andar de montanha russa, tamanhas são as emoções. Um teenager sabe ser responsável e "tomar conta" dos irmãos, mas também sabe provocar, sabe testar os limites, principalmente do furacão João. É uma casa cheia. Cheia de tudo, de amores e de surpresas. De suspiros, de abraços. E por vezes também de gritos e de cansaços.

Repetem-se os dias, agora mais rotineiros. Pela primeira vez e depois de passado o primeiro mês de adaptação o João pede para ir à escola. De manhã, depois do seu tempo morno de acordar, diz que não quer ficar em casa, que quer ir e alegre chegamos para mais um dia. Em mim ainda o arrepio acontece, se penso no dias afastados, nas horas que me parecem imensas... e apesar de saber que é um óptimo lugar e que os benefícios no seu comportamento e personalidade são mais que visíveis, são factos... não consigo deixar de pensar que quase 4 anos é muito pouco para tanto tempo afastado de nós. Coisas de mãe piegas que tento não pensar em demasia.

O João está crescido, um senhor dizem alguns, mas ainda se nota alguma falta de estabilidade no seu comportamento, à conta da vinda da irmã... muito exigente, um pouco conflituoso, e sempre pouco hábil em saber lidar com as contrariedades. Tudo tem que seguir o ritmo normal e habitual, uma pequena coisa que saia da rotina, um acidente, uma surpresa são motivos para gritos, choros... desespero. Nas horas calmas é conversador, espirituoso, gosta de brincar e cada vez o faz melhor. Tem alma rica e olhos que espelham e reconhecem o mundo. Sabe interpretar, tirar conclusões maduras e surpreender com coisas que nós nunca lhe tínhamos explicado. Lembra-se de todas as histórias de todos os livros e gosta de palavras novas, de histórias novas de mundos de fantasia que tece com as suas mãos e os seus sonhos. É a idade da magia, da dualidade... confunde sonhos com realidade e às vezes tem pesadelos dos quais é dificil esquecer. Os terrores nocturnos ainda acontecem, felizmente são raras as vezes... já os enfrento com mais serenidade. Abraço-o, conforto-o com palavras doces, e espero que passem os gritos e choros e que o sono vença-o de novo... É o meu rapaz, ele não é apegado a mim, é colado... a mãe é tudo e é nada. Para mim são os maiores mimos e os maiores conflitos. O pai sabe impor melhor a sua autoridade e precisa de muito pouco para o por na linha... comigo tudo é mais medido, a corda esticada até quase quebrar. Passei dias (e em momentos ainda me deixo vencer) em que me vencia pelo cansaço. Mas mãe também aprende, a dominar o cansaço e o desespero... a procurar a calma e principalmente, em encontrar o caminho. Dei por mim a exigir demais, queria que fosse mais autónomo, mais desapegado, menos bebé... e não resultou. Hoje andamos na barca da aprendizagem, todos, a gerir todas as emoções e a encontrar o ponto de equilíbrio entre o ser bebé e já ser menino.

A Clara cresce ao seu ritmo, à sua vontade, bebé sossegada que gosta de atenção e mimo. Adora os irmãos... é a menina do papá e com ele divide as manhãs em mimos, sonos e descobertas. É fácil de contentar e de alegrar... e se está inquieta, normalmente são as necessidades básicas que falham: dormir, comer ou fraldinha. Teve uma segunda otite esta semana, mas é difícil perceber que está doete, não ganha febre nem se mostra inconsolável, só um pouco mais irrequieta. No feitio calmo e alegre que dura a maioria do tempo, começaram a aparecer rasgos do seu lado mais cinza. É ciumenta e não consente que pais, avós ou irmãos dêem atenção a outros bebés que não ela... reclama logo com a sua voz forte e um aaaahhhh zangado e mexendo com força os braços. Tem mão certeira e afasta o que não quer determinada. É dócil, mas não é fácil de levar... Já sabe o que é não e Ah! e faz logo um beicinho que é uma delícia. Se lhe dizemos não, a maioria das vezes desata mesmo a chorar. Aprendeu a apontar e mesmo ao colo aponta tudo o que quer e para onde quer ir. à pergunta onde está a Clarinha, aponta a barriga e diz tata ou tati. E diz olá frequentemente... Faz xau com a mão pequenina. Dá uns beijos de boca aberta muito bons. Não gosta de ficar em pé, nem de andar, faz força para se sentar. Consegue-se por a pé agarrada, mas não o faz frequentemente. Rasteja como um tropa, e ensaia o gatinhar, mas a barriga gordinha puxa-a para o chão. Encosta a cabeça a minha e faz aaaaaaa, uma delícia nossa.

Gosto de os ver juntos e ficar com a certeza que foram o melhor que a vida me deu. Apesar de todos os cansaços, de todas as dificuldades e dos dias não serem leves. Apesar de mim e apesar de tudo... todo o meu mundo tem aqui um sentido muito grande. Gerir a vida não é uma coisa fácil, requer método, paixão e muita muita energia. Hoje (apesar de um braço que resolveu enferrujar) o sol beijou-me a pele e disse-me apenas isto: Força!

E fica a faltar post com as conversas e peripécias do principe João... em breve, para breve....
E os aniversários estão quase a chegar... e o natal...
E tanto que fica sempre por registar...

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9 e pico

Sempre o tempo, esse feroz morderdor que come os dias como se fossem o seu alimento.

Os dias são corridos, apressados e a estafa desabou, já pelo João esta foi a altura mais crítica, pelos 8, 9 meses... Deixo o registo apressado mas imprescindível.

Começo por um hoje e pelo meu rei: chegaram os terrores nocturnos, não são pesadelos, é um desconsolo vê-lo assim inconsolado e inconsolável. Noites dificeis em que acorda e por longos minutos chora e diz coisas desconexas... ´sei que tão pouco podemos fazer, esperar que passe e tranquiliza-lo durante o dia, para esperar noites mais clmas. Anda ainda mais mãe dependente, e tudo o que lhe pareça afastamento é perturbador. Talvez ainda ande a assimilar a chegada da irmã, embora com ela se desfaça em mel e mimos. Ele está um senhor, fora essa dependência, a chegada dos 4 anos fazem-se já notar, tem discurso elaborado (e cada vez mais) desconcertante, usa expressões e palavras à primeira vista difíceis. É sempre encantador e perturbante.

Da princesa de 6 dentes, não tinha sido aqui registado que o primeiro no dia em que completou 7 meses, seguira-se em menos de 15 dias mais 3. A particularidade é que em cima vieram primeiro os incisivos laterais, dando-lhe um ar de vampirinha e traquinhas. Por esta semana veio o 5º e ontem (parabéns avó) o sexto dentinho do conjunto. baba baba e baba... e algum espero que agora lhe dê tréguas por algum tempo. Está gordinha, mais irrequieta, rebola e ensaia o gatinhar. Se vê a mãe a passar chora por colo e chora sempre que alguém espirra perto dela. Fez há dias 9 meses e são tantos os sorrisos.

Ando cansada, é certo... sei que a vida tem a felicidade como cunho, tenho todas as alegrias que uma mãe pode ter e no entanto, sinto uma incrível necessidade de me desligar por uns dias de toda esta responsabilidade que é o ser tão mãe.

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Dias que se contam

"Mãe sabes quem é o meu coração?"
"Não filho, quem é?"
"É a Clarinha!"

E o sorriso desenha-se no seu rosto e no meu coração

"A Clarinha tem cara de Lua cheia mãe, como o palhaço da canção"
Ambos cantamos e ela deliciada.

Coração de mãe enche-se com esta cumplicidade que cresce entre os irmãos. O mano grande ensaia os dias em que levará os dois pequenitos tornados teenagers, para saídas na discoteca.
A vida é para se ir desenhando...

Em 8 meses, a nossa vida ganhou cores mais claras, iluminou-se com os teus sorrisos, os dias transformaram-se em descobertas de mais um tesouro.
Receber, receber-te, no coração e nos dias, tão novos, tão cheios de maravilhas. Aos teus olhos, nos nossos olhos, na vida tão cheia de promessas, de novidades, de desejos.

Que a vida te receba sempre, como num sonho bom, e que a calma que hoje te habita, possa te encontrar sempre, ao final de cada dia, em cada gesto de amor, em cada pedaço de céu, em cada ser onde os teus olhos pousarem a beleza.

Assim, como no dia de hoje te ponho no meu colo, que a vida me permita ter sempre estes braços a acolherem-te as alegrias, as tristezas e os sonhos.

8 meses dela em nós... o nosso coração cheio dela e de Amor.
A vida já não podia ser diferente.

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Caiu do céu

Uma estrela,
e por engano a janela tinha sido deixado aberta nessa noite.
No chão do quarto adormecido, está um brilho desmesurado que inunda os sonhos de uma luz tão nova.
Ninguém sabe como aconteceu,
talvez tenha sido apenas uma brisa ligeira, que brincalhona, cortou o fio transparente que prendia a estrela no céu.

Xiuuuuuu!

De manhãzinha, quando os olhos amanhecidos despertaram para a luz do dia e daquele pequeno astro caído, os pés fizeram-se de lã e em pontas aproximaram-se curiosos.

Que bela era, sorriam enquanto a contemplavam sentados ao lado do brilho, agora também reflectido nos seus rostos.

Os manos davam as mãos de felicidade e esperavam...
... afinal, as estrelas adormecem quando chega o dia!*


nota pequenina: tenho andado longe desta fábrica de fazer mundos, lugar onde o João, envolto em palavras foi descrito e foi crescendo. Fica hoje esta pequenina história, de estrelas, de céus que se constróem... memória ou promessa daquilo que também sou e tenho para lhes dar. (propositadamente em cor diferente dos registos)

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A Parábola da Vaca

Era uma vez, um sábio chinês e seu discípulo. Em suas andanças, avistaram um casebre de extrema pobreza onde vivia um homem, uma mulher, 3 filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada. Com fome e sede o sábio e o discípulo pediram abrigo e foram recebidos. O sábio perguntou como conseguiam sobreviver na pobreza e longe de tudo.
- O senhor vê aquela vaca ? - disse o homem. Dela tiramos todo o sustento. Ela nos dá leite que bebemos e transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos por outros alimentos. É assim que vivemos.
O sábio agradeceu e partiu com o discípulo. Nem bem fizeram a primeira curva, disse ao discípulo :
- Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali em frente e atire-a lá em baixo.
o discípulo não acreditou.
- Não posso fazer isso, mestre ! Como pode ser tão ingrato ? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se a vaca morrer, eles morrem !
O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem :
- Vá lá e empurre a vaquinha.
Indignado porém resignado, o discípulo assim fez. A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.
Alguns anos se passaram e o discípulo sempre com remorso. Num certo dia, moído pela culpa, abandonou o sábio e decidiu voltar àquele lugar. Queria ajudar a família, pedir desculpas. ao fazer a curva da estrada, não acreditou no que seus olhos viram. No lugar do casebre desmazelado havia um sítio maravilhoso, com árvores, piscina, carro importando, antena parabólica. Perto da churrasqueira, adolescentes, lindos, robustos comemorando com os pais a conquista do primeiro milhão. O coração do discípulo gelou. Decerto, vencidos pela fome, foram obrigados a vender o terreno e ir embora. Devem estar mendigando na rua, pensou o discípulo.
Aproximou-se do caseiro e perguntou se ele sabia o paradeiro da família que havia morado lá.
- Claro que sei. Você está olhando para ela.
Incrédulo, o discípulo afastou o portão, deu alguns passos e reconheceu o mesmo homem de antes, só que mais forte, altivo, a mulher mais feliz e as crianças, jovens saudáveis. Espantado, dirigiu-se ao homem e disse :
- Mas o que aconteceu ? Estive aqui com meu mestre alguns anos atrás e era um lugar miserável, não havia nada. O que o senhor fez para melhorar de vida em tão pouco tempo ?
O homem olhou para o discípulo, sorriu e respondeu :
- Nós tínhamos uma vaquinha, de onde tirávamos o nosso sustento. Era tudo o que possuíamos, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos.
E foi assim, buscando novas soluções, que hoje estamos muito melhor que antes.


- Moral da história : às vezes é preciso perder para ganhar mais adiante. É com a adversidade que exercitamos nossa criatividade e criamos soluções para os problemas da vida. Muitas vezes é preciso sair da acomodação, criar novas idéias e trabalhar com amor e determinação.

- O porquê desta parábola: Uma das nossas Vacas morreu!

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7 MESES


Chegamos ao 7, número mágico num mês de número 7... Todos em uníssono a cantar um enorme bem haja à minha bela princesa. Está gordinha, e já perdeu o aspecto de ser pequenina. Tem umas pernas roliças e uns olhos vivos de quem gosta de comer mundos. Do cabelo caído sobrou uma franja que lhe dá um ar fric. É toda morena, mesmo sem sol tem a cor mais escura que irmão, e a sobrancelha carrecada e até um ligeiro bucinho preto que lhe vai dar dor de cabeça bem cedo. Agarra os brinquedos e leva-os à boca, mas não os passa de uma mão para outra. Já come sopinha ao almoço e papa ao lanche, vamos tentando a meio da manhã que coma fruta, mas até agora parece não gostar de nada do que provou. É a minha princesa, sossegada mas manhosa e muito curiosa do mundo que a rodeia. Chegamos ao 7 número mágico.
Eu...
Continuo encantada!

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Rostos

Quando olho os rostos, meus, de sempre posso agora dizer.
Quando olho os rostos meus, de sempre, sei, apenas sei.

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Tudo mais tranquilo

O último post é do João (!)

Está tudo mais tranquilo, tudo passará, à partida, com antibióticos.
Hoje será a festa dos pinguins no infantário!

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,ºiuçi
ººu+piplput«l'«ivr''io9jtyioyhur8kiulo'tu78ku

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Vida que não chega

Dia que não passa.

A nuvem das doenças voltou a passar, em forma de infecção que se instalou mais uma vez no pescoço do pai. Ainda não há diagnósticos, nem prognósticos, mas medicação que pelo menos anastesiou a dor e diminuiu o inchaço.

Voltamo-nos para dentro, para o que é nosso, para o estar juntos. Para o aqui é que vale a pena estar, neste cantinho de mundo a que chamamos lar e onde todos os céus sonhados têm cor de ardentos desejos e de mundos para conquistar.

Talvez por o apelo do estar em Casa seja tão forte, talvez porque o regresso ao trabalho a tempo inteiro se tenha dado há pouco mais de um mês, tudo o que está para lá da porta da nossa pequena casa, parece-me hoje pequeno, entediante e frustante.

Nunca precisei tanto de trabalhar... e nunca senti como hoje, que não é este o meu lugar, que aqui não sou quem Sou... que os meus sonhos não vivem nos meus dias.

Quero muito lutar por mim, pelos meus, pelos dias que hão-de vir... E não consigo encontrar a chave que irá ligar a ingnição do tanto que guardo aqui tão dentro e que hoje se resigna a estar simplesmente adormecido.

E voo para os nossos fins de dia, sempre apressados, entre banhos, cozinha, jantares, deitar um, deitar outro, beijos afogados em almofadas.

Ninguém devia viver só ao entardecer!

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Vão passando

As doenças e os dias.
O João já só tem casquinhas e já recuperou o apetite, só continua a ser difícil sair de casa e vir trabalhar e deixá-lo. Faz sempre uma cena horrível. Não sei se alguma vez o fiz sentir de que me podia perder, mas é assim que ele age... como se me pudesse perder a qualquer momento. Continua a não poder ir à escola, pois estão nas semanas de praia e sol é contra indicado enquanto as feridas não sararem completamente.
A Clara ainda não deu sinas de varicela, oxalá assim continue, apesar de me dizerem, já ficava, até era melhor. Nós e os médicos que viram o João, são da opinião de que se pudesse ser um pouco mais tarde melhor. Ganhou um pouco de febre há dois dias e bebe muita aguinha, acho que é um dentolas a vir por aí, também o calor imenso do fim de semana que não dá descanso a bebés.
O pai também já se sente melhor, continua com um talo entre a orelha e o pescoço, amanhã irá ser observado novamente, e amanhã também regressará ao trabalho depois de ter gozado os 30 dias de licença parental.
Eu entro em férias até dia 29, que serão gozadas no recobro da varicela.

Hoje os dias ainda têm uma nuvem, mas amanhã, amanhã com certeza, será um dia mais feliz.

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Vamos comer sopa

Todos? Porque não?
A Clara foi à consulta dos 6 meses + vacinas = 3... Chorou muito coitadinha, que isto de ter as pernas a ser picadas não é coisa que um bebé possa compreender. Quando começa a tentar perceber o que lhe aconteceu pimba, mais uma picada.

O Doutor diz que ela está óptima. Falei-lhe que ela não agarra nada com muita precisão e ainda não transfere objectos. Ele relevou. Testou. Diz que tem força e agarra. Perguntou se leva as coisas à boca... isso sim, mas quando tenta com as duas mãos fá-lo um pouco atabalhoadamente. Dar tempo ao tempo. Já fica sentada com apoio de almofadas e ás vezes até um pouco sozinha. E em pé, é a sua felicidade.

Números: 64,6cm de tamanho para uns 7,580kg de peso (o PC: 44,4cm). Já passou a barreira do P50 no peso e já quase o alcança no comprimento. Afinal a pequenita vai crescendo. Qualquer dia tem medidas de top model.

Iniciaremos com força a alimentação sólida. até agora só havia uma papinha diária por à tarde não conseguir amamentá-la. Esta primeira semana Puré Maravilha de Batata e Cenoura. Se for como a fruta que vai provando mas que não vai além de umas 5 colherzinhas estaremos bem servidos.

E venha também o Glutén: nas papas, no Pão e bolacha Maria para a mãozinha.

Pelos 8 meses começará a jantar farinha de pau e açorda de peixe. (inhami... e não é ironia, gosto mesmo dos pratos). Iougurtes parece que só lá para os 9 meses. Tenho ideia que do João comecei bem mais cedo, pelos 7 meses. Mas não posso precisar.

Receitou Creme Decubal para o rosto e desta vez chamou-lhe eczema seborreico e não atópico (?) e recomendou não apanhar sol... e eu que já estava a planear umas belas tardes de praia quando o João recuperar. (acho que com um guarda-sol gigante ou tendinha a coisa poderá fazer-se).

O João continua todo pintadinho. Ontem ainda lhe apareceram umas bolhitas novas, espero que sejam as últimas. tem zonas do corpo que já estão quase recuperadas: o rosto já está quase seco. Mas o fundo das costas, por exemplo não tem espaço para mais bolhinhas.

Estamos a usar um sabonete de aveia para o lavar em duche (desaconselharam-nos o banho, apesar de eu saber que várias pessoas tratam varicela com produtos no banho), betadine para pintar as bolhinhas (dizer desinfectar a uma criança é um pouco agressivo) e 10 minutos depois passamos Pó de talco lauroderme, que é à base de óxido de zinco, limpa e ajuda a secar. Já me disseram N tratamentos, mas por não poder fazer todos este foi o que optei. E toma de 8 em 8 horas 15 gotas de fenistil que impedem de ter comichão e todos agradecem. Porta-se muito bem o meu guerreiro, só na hora de pintar as bolhinhas é sempre um pouco difícil convencê-lo a começar. Mas depois lá fazemos o nosso ritual.

Já me convenci que daqui a uns dias será a clarinha, apesar de estarmos a todo o custo a evitar o contacto entre os dois, a ver vamos, o médico disse que por causa da amamentação talvez ela ainda tenha os meus anticorpos e não apanhe.

Agora foi o papá que apanhou uma infecção desconhecida que lhe criou um inchaço enorme entre o rosto e o pescoço. Eu ando com uma dor de garganta enorme desde quarta feira, mas vou-me aguentado com chás. A ver se o Verão que está aí a começar nos trás um pouco mais de saúde.

Obrigada a quem vai passando por cá e me incentiva a registar. Sei que este não é dos textos que são mais bonitos de se ler, mas agora vou tentar ir registando, quer venha a inspiração, quer não.

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Tante parole

Afogam-me a garganta dorida as tantas palavras que já deveria ter aqui escrito mas que não o fiz. A garganta dói, talvez porque o siso (dente) esteja a espreitar e tenha provocado uma infecção. A esta altura podem-se interrogar o que é que o dito siso (o meu) tem a ver com o blog dos filhos, vulgarmente chamado de babyblog (prefiro Fábrica, mas isso também mereceria uma explicação demasiado longa). Ora a história do meu Siso, o segundo de dois e por isso o último, cabe aqui sim senhor pois dá-se a coincidencia de alguns meses depois de ter nascido o João, o primeiro (siso, entenda-se), ter-me provocado uma infecção bastante semelhante a esta. Com a diferença de ter tido um abcesso descomunal que resolveu aparecer no dia de Páscoa daquele ano. Ora como sou uma pessoa que Acredita na ordem das coisas, acho que isto tem um sentido oculto ou melhor, um sentido bem visível. Tenho apenas dois dentes do Siso, e dois filhos, logo cada vez que me nasce um filho o dito Siso (comum Juízo) aparece em forma de dentes.

*

Mais palavras chegam em forma de umas bolhinhas que dão comichão que apareceram ainda leves na barriga e nas pernas do meu Reizinho, diagnóstico: Varicela. Fosse como fosse, apanhar a dita doença é sempre uma coisa boa em criança, pois evita que se chegue a adulto (que assim é perigosa) e se a apanhe. Ponto 1 para que a mãe não fique então contente: estamos de fim de semana grande, e vamos ficar todos em casa em vez de ir passear ou ir à praia. Ponto 2: o meu filhote não está na fotografia do dia de Carnaval na salinha dele do Infantário, faltou porque estava doeente. Estas próximas duas semnas são as de praia e na próxima sexta o passeio do Infantário... e eu fico triste porque o meu filho terá de em vez disso de ficar em casa a distrair-se com tudo-o-que soubermos-inventar para ele nao ter vontade de coçar as referidas bolhinhas. Ponto 3 e último, o médico acha demasiado cedo para a Clarinha apanhar varicela e temos uma sériie de restrições para ver se conseguimos evitar o contacto. Humpf

*

A Clara fez 6 meses e João 15 dias antes fez 3 anos e 6 meses. A pequenita vai sofrer o síndrome do segundo filho de certeza. Eu sou uma vítima dessa doença psicosomática que assola os segundos filhos desde o nascimento. Vai ter menos fotografias, menos textos, menos registos... e uma pontinha de menos tempo dedicado a babarmo-nos em cima das suas proezas. Mas uma coisa é certa, apesar disso tudo, sou completamente babada pelos dois, é inexplicável o dom que os nossos filhos têm de nos fazer acreditar, em nós, na vida.

*

Dela: É a minha princesa. Pesava com 5 meses 6,920Kg e media 60,5cm. Neste último mês tornou-se mais manhosa, pede mais atenção e mostra-se mais inquieta. dá gritinhos, e sabe pedir com um hu hu que é uma delícia. Tem muita força nas pernas e gosta que a seguremos de maneira a ficar em pé. Rodeada de almofadas já se desencosta e fica por momentos sentadinha muito dobrada sobre as pernas (acho que só depois de termos contactos com bebés percebemos como para eles é natural esta posição). Caiu-lhe o cabelo quase todo excepto uma franja/crista que faz com que o irmão se desmanche a rir a olhar para ela e lhe chame Lunar Jim (ver desenho animado da 2). Agarra o que se lhe dá para a mão mas não com muita destreza e ainda não passa as coisas de uma mão para a outra. dobra o riso, principalmente com as palhaça das do mano João. Até ele a lavar os dentes lhe dá vontade de rir. Tem umas pernas cheias e gordas e continua com o rosto a acusar eczema atópico na zona de contacto com a chupeta e no olho esquerdo também. Gosta de dormir entre o pai e a mãe. O pai teve direito a 30 dias devido à nova lei da parentalidade, as manhãs passam-nas na calma dos lençóis, ela dorme geralmente toda a manhã,e o pai fica a tomar conta dela. Não consigo explicar duas coisas: a primeira é a saudade que sinto dela e do irmão enquanto estou a trabalhar. A segunda é a Paz que a Clara me transmite, sempre soube que ela seria luminosa, não me recordo se com o João tinha este sentimento, talvez a ansiedade de mãe de primeira viagem me impedissem de sentir esta onda de calma que um bebé nos consegue transmitir.

+

Dele: É o meu guerreiro, não é o meu príncipe, é o meu Rei. Hoje bebeu o seu biberão antes de dormir (biberão que este Verão terei de encontrar uma fórmula para ele o deixar). fica sempre um pouco de leite no final, sempre. Hoje confrontei-o. Mãe eu não posso beber esse restinho, esse restinho faz ficar muito grande e forte, como um Leão... e eu não quero ficar mau! Dito isto e eu desarmada, reconheço que ele tem este dom, de me suspreender, de me maravilhar com tantas coisas que já cabem no seu mundo pequenino. Continua com um feitio difícil, mas com o tempo vai ficando mais compreensivo e por vezes ao fim de uma pequena conversa acaba por ceder. Outras vezes, o seu ascendente Touro prevalece, e quanto mais se insiste mais ele finca pé e não, e não, e não... É desarrumado e gosta de espalhar as suas coisas por todo lado, tem mesmo prazer em atirar coisas pelo ar, chutá-las. fazer com que arrume os seus brinquedos é um momento de desgaste para todos. Gosta e eu faço-o que me deite ao seu lado quando vai dormir, geralmente saio antes que esteja completamente adormecido, ás vezes é ele que inventa a desculpa por mim e faz-me prometer que não demoro, que irei lá outra vez. Acorda quase invariávelmente às 7h da manhã, às vezes consigo que durma mais um pouco, às vezes não. E lá vai a mãe feita zombi preparar leitinho, pequeno almoço, e se for fim de semana aterrar no sofá até uma hora digna, enquanto ele vê os desenhos animados. Continua a ser doido por animais, mas neste momento o seu fascínio vai para as letras e os números e já conta até "20 e 10"... E porque penso que já devia ter registado que vai ser algo giro de descobrir daqui a uns tempos, segue abaixo as letras que conhece e o que diz quando as vê:

*

A - de Ana Clara
B - ... (... quer dizer que não identifica)
C - Cão ou Clara
D - de Dudu
E - de papá Eduardo
F - de Francisco
G -de Gato
H - ...
I - de Iogurte
J - de João
K - de ovo Kinder
L - ....
M - de Mamã
N - ...
O - também é de João não é mamã
P - de Panda (o pai que o desculpe)
Q - de Quinhas (nome carinhoso da vovó)
R - de Rato
S - de Sapo
T - ...
U - de Urso (às vezes esta não sabe)
V - de tio Vasco
W - ...
X - de vu Xico
Y - de Yo-yo
Z - de Zebra

Quem manda fazerem jogos e brinquedos para meninos de 3 anos com o Alfabeto? Eu juro que não ensinei nada, mas ele começou a olhar para as capas dos livros e para o título dos DVD's e fazer perguntas.

*

E como o post vai longo e certamente será difícil alguém chegar até aqui. Retiro-me com graciosidade, quero sempre voltar mais vezes, mas é tão complicado escrever. (Bem hoje não aparece)

Ena! Tante parole!

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das palavras que não se soltam

Temo em registar, os dias são velozes cavaleiros que parecem apenas deixar a brisa aqui por onde passam, e passam, e passam....
Acabo de abraçar a Clara enquanto adormece sossegada depois de mamar consolada, fica sempre uma sensação de paz, nestes gestos quotidianos mas tão nossos.
Depois passo pelo quarto do João, no seu respirar de sonhos tão desejados. Afago-lhe os caracóis cor de trigo e sorrio para o seu mundo de piratas e personagens fantásticos.
Sei que sou feliz. Só isso.
Falta-nos tanto para o conforto, para o desafogo, para tirar a cabeça da linha da água.
Tanto e tão pouco. Pois tudo o que posso desejar de mais perfeito.
de mais sagrado, dorme agora em cada uma das camas que abraçam mundos.

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Os rostos do meu coração

Desconcertante, provocador, dependente... espirituoso, brilhante, engraçado...mandão, enérgico, sensível... mimado, teimoso, meigo, apegado, curioso, com um faro potentíssimo, gosta de desafios, apaixona-se pelos filmes, e por histórias e livros... liga pouco aos brinquedos, sabe contar até deza-dez (hehehehe), associa palavras a quase todas as letras do alfabeto (digno de registo num post)... impaciente, possessivo e até um pouquinho explosivo. gosta de roupa bonita e já selecciona cores e modelos (ontem recusou vestir um casaco velhote, mesmo tendo frio, porque não era muito giro...), tem muitas vezes tosse... ainda não sabemos muito bem porquê. Gosta de todos os bichos e conhece bichos poico vulgares como o gnu e distingue um macaco de um gorila (!), à conta do panda do kung fu também conhece o grou e o louva-a-deus. Faz-me rir, faz-me chorar, faz-me muitas vezes desperar... é um mimo quando se cola a mim e também difícil quando não se quer separar... adoro deitar-me ao seu lado, vê-lo a adormecer. E nas últimas semanas começou a roer as unhas... tem orgulho nos seus caracóis e nos seus olhos castanhos, gosta de fazer caretas e de narizes de palhaço, mas não gosta de qualquer palhaço, alguns metem-lhe medo. Adora aniversários,s ejam de quem for, é entusiasta a cantar. Fala muitas vezes alto com uma vozinha que parece a do Rato Mickey. Continua a querer abraçar a irmã e dar-lhe muitos beijos, mas um destes dias picou-a com um palito só porque não queria que ela estivesse a dormir. Faz xixi sozinho limpa-se, lava as mãos, mas se a mãe estiver ocupada já quer companhia. Gosta de perturbar e de pedir massa se a comida tem arroz. E de querer ficar em casa quando é para sair, e de chamar a vovó quando se zanga cm o pai ou com a mãe. É lindo e tem muita fome de mundo.




Num instante a pele ganhou carne e olha-se para ela e vêm-se uma deliciosas rosquinhas e bochechinhas, tem um olhar curioso e atento, e sorrri, como sorri, sorri muito sorri sempre. Acorda com um chorinho, mas mal vê um rosto conhecido, desfaz-se em sorrisos e mel. Parece meiga de sossegada, tem muito cabelo que cai e cai e cai e já se notam as falhas, chupa nas mãos e quando consegue no polegar. Geralmente adormece sozinha com a sua amiga chupeta. tem por causa da chupeta e da baba eczema atópico na face que parece não querer passar... adora o banhinho enquanto está de barriguita para cima, depois já não gosta muito. Não adormece no carro nem com muitos abanos, quando está mais agitada no colo mas paradinha, ou então na sua alcofa que só ontem abandonou. Tem para já olhos claros, e as pessoas dizem que ficarão como os da mãe. gosta de nos agarrar as mãos e de as puxar para si. ainda não segura nada bem, mas tenta agarrar o que tem à mão. Toma leitinho da mamã e às vezes suplemento de leite de fórmula. Começará as papás aos 5 meses. É doce e fácil de cuidar e dorme muito à noite e pela manhã. Vai ser, com certeza, a menina do papá...

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Ao lutar por mim, faço-o também por vocês


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Um projecto



Tornado realidade.
Não escrevemos, não havia tempo para mais nada, só para o aconchego das minhas crias e para esta ideia que há muito eu andava a sonhar.

Estreia amanhã, o espectáculo que escrevi e interpreto.

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Do tempo que vai passando

Fizeram-se os dois meses de Clara em nós. Pois em mim já se contam alguns mais. A menina cresceu, tem bochechinhas redondas e coxas muito rechonchudas. Continua a espantar-me olhá-la, perceber que saiu de mim, que a sua carne se tornou carne no interior de mim. Este milagre que é da vida se fazer vida... continua a ser sempre um delicioso mistério.

Engordou 1,2kg está com 4,750 e mede 54cm... tem mais ou menos o tamanho que o irmão tinha com 1 mês... mas as curvas dos percentis vão sendo galgadas e chegou ao 25 (hehehe).

E o tempo vai passando e nela fizeram-se também 3 meses... desta vez menos redondos, completou 5kg e a mãe ficou alarmada... não será muito pouco. Disseram para dar o benefício da dúvida, tinham passado 3 semanas e não um mês completo de uma pesagem a outra.. No tamanho está quase uma Top Model, 58cm e já se nota o seu corpo a encher o colo. É menina na curva do 25...

Tem umas bochechinhas cada vez mais cheias e deliciosas e continua basicamente muito sossegada. Coloco-a reclinada no carrinho e ela segue-nos com o olhar e já começa a desafiar: aguii arruuu, abana os bracinhos e as pernas pedindo atenção. Dorme cedo e pela manhã dentro a maioria das vezes, mamando entre a meia noite e a uma, entre as 5h e as 6h, às nove e ainda dorme até mais tarde um pouquinho, pelas 10h ou 11h é que desperta.

Sei que não lhe presto o devido registo, pintando-a apenas com estas objectivas palavras, mas a cabeça não deixa, e talvez até o cansaço. Guardo para já no bolso, e um dia aqui chegarão as palavras do meu encanto por ela.

*

O João continua delicioso e desconcertante, alternando o humor conforme o vento, esteve em casa até à semana passada, pois voltou a ficar doente, desta vez de nada, ou uma virose. Está no auge do seu ciúme, ao ponto de ter dito que não quer a mana, para a levar de volta para o hospital... outras vezes gosta muito dela e quer abraçá-la e beijá-la e lambê-la... mas é evidente que a presença da bebé o deixa basicamente irritado e confuso. Não sabemos muito bem como agir... já tentamos um pouco de tudo, e até o erro pode ter sido esse... ter centrado demasiado a nossa atenção nas emoções dele, querendo prevê-las, impedindo que a vinda da mana fosse uma coisa natural. Depois cruzo-me com as mamãs dos bebés que nasceram quando a Clara, e aquelas que já tinham outros filhos, todos dizem que não há ciumes nenhuns...

Mas a parte deliciosa do João é que ele é espirituoso e brilhante nas suas deduções, a inventar palavras mais correctas que as verdadeiras: Arrumário (para armário) cozinhor (para cozinheiro), a ensaiar os tempos verbais que no passado e no futuro por vezes ainda são baralhados. O r do meio que não sai e fica vêde, poto, teato... e as outras palavras ditas com correcção. Conhece todos os sítios por onde já passou, reconhece para onde vai consoante o caminho... vê ao longe e nunca se esquece de referir: ali foi onde fomos ouvir o nosso fado... por aqui vamos a casa do Thiago... aqui é para a casa do tio vasco, pois é, ou melhor poijé... colocado no fim de quase todas as perguntas afirmadas.

Sei que no meu cansaço, é nele que por vezes não consigo segurar a minha tensão... mas se há coisa que o meu príncipe sabe fazer muito bem, é tirar-me do sério... continua mãe-dependente, parece cada vez estar mais, agora é uma questão de direitos de primogénito. Sei que muitas vezes me apetecia desligar-me e só dormir, sem mais nada, para recuperar todo o auge das forças... vamos alternando, mimos com imposições, beijos com castigos... Oxalá possa crescer e ir aprendendo a respeitar os outros, a conhecer os limites... sem se esquecer que o amamos.

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Nestes dias a hibernar






Ainda que o hoje o sol nos tenha vindo brindar, ficando a questão pendurada: será para durar?
O nosso último mês foi passado a três dentro de portas... ainda no internamento hospitalar presenteei o meu pipocas com o Panda do Kung Fu... acho que já viu o filme mais de 50 vezes, delirou porque a tia C. lhe ofereceu uma fantasia de panda,e colecciona as figuras minusculas que saiem nos ovos kinder (que curiosamente é o único chocolate de que gosta, não sai à mãe).
É assim que ele põe o pé mãe. é? E ensaia o seu kung fu menino.

Nestas maratonas de DVD desenvolveu até uma grande empatia pela vilão do filme o Tai Lung.



Fica aqui o registo dos teus heróis.
Nota de rodapé: Foi uma diarreia, com canja de arroz a coisa melhorou. Agora está a boneca constipadinha, cheia de ranhoca e já com alguma tosse... e isto sem praticamente sair de casa...

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O desafio dos sonhos

Fui apanhada num desafio aqui na casa do kikinho não é fácil pensar em 8 sonhos, daqueles mesmo sonhados, às vezes os sonhos vão se alterando com a cor dos dias.

As regras são estas:
1- Fazer uma lista com 8 sonhos meus.
2- Convidar 8 bloggers a fazer o mesmo.
3- Comentar no blogue das desafiadoras.
4- Avisar os desafiados.
5- Publicar as regras.

Os meus 8 sonhos são:
1- Que os meus filhos cresçam em felicidade e saibam o que é verdadeiramente importante.
2- Ter harmonia na minha família e que esta perdure, que todos realizem os os seus próprios sonhos.
3- Ter os meus projectos pessoais e viver deles apesar da crise.
4- Escrever mais e melhor, sempre, poder publicar aquilo que escrevo.
5- Ter dinheiro suficiente para não ter de pensar tanto nele.
6- Fazer de carro (ou carrinha... ou auto caravana...) a costa da Argentina, desde Buenos Aires até à Terra do Fogo.
7- Ter uma casa maior, com janela para o mar... e alguém que a deixe a brilhar todos os dias.
8- Chegar ao fim da vida e poder dizer que não podia ter feito mais.

E como gostei do modo, fica o desafio às 8 primeiro pessoas que passem por aqui....

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Mais uma moeda mais uma volta

Novo raio X e análises... tudo certinho, só falta mesmo ir mostrar ao médico... e não é que o rapaz hoje acorda de madrugada cheio de febre...

:(

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A duas cores









Por mais que pensemos que a vida é o que é. Ela tem sempre a capacidade de nos surpreender!


Penso em mim há uns 8 anos atrás, e nunca imaginaria que o meu pote de ouro, no fim do meu arco-íris, estaria afinal , à minha espera, aqui, tão dentro!




Ainda faltam muitas e longas caminhadas, objectivos traçados, sonhos desenhados... ainda faltam muitas caminhadas... mas no final de nenhuma delas eu me sentirei tão recompensada.




São muitas as dúvidas, os medos, o certo e o incerto, do que fazemos e do que não fazemos, por eles e por nós.




São muitas as dúvidas, por isso caminho, as respostas, com certeza, estarão algures nesta estrada.

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Pouco a pouco

Os dias ganham cores diferentes, quando a intensidade é a sua principal característica... "Se eu não te amasse tanto assim" era a música que se ouvia no bloco de partos, quando tu nasceste João. Chegou num CD há tempos, que a sempre afilhada Cláudia enviou. Hoje as lágrimas correram na lembrança desse dia em que te tornaste para sempre meu.
Os dias são intensos... mãe a 100% de dois. O médico aconselhou mais umas semanas em casa, ou seja, todo o mês de Janeiro, serás assim, quase só meu. É difícil, é extenuante... é querer fazer mais do que ver filmes animados em dvd, e o frio e a falta de imaginação não deixarem. Neste hibernar tão nosso, fico muitas vezes a sentir-me culpada de não ser mais paciente, de não ser mais tua. A mana vai-nos dando algumas horas sossegados... mas às vezes estamos os dois à beira de um ataque de nervos, demasiado ocupados: eu a impor limites, tu a testá-los. Não sou mais teu amigo... e o coração habitua-se a não fraquejar. Ir a casa da Vovó, sair meia hora para passear na rua, se o sol nos brinda, são acontecimentos solenes e que te deixam feliz. Sei que não terei tempos semelhantes a este na minha vida... todo o tempo do mundo (ou quase) para os meus filhos... e no entanto não consigo encarar isto como uma benção, pois pesa-me demais.
Hoje ser mãe é mesmo ser MÃE, e ainda assim tão inexperiente e tão pouco para a tua imensa sabedoria e energia de filho.
Dou-te a mão, um braço, outro braço (como na canção) um abraço. Meu. Tão meu!

*
Continua carinhoso com a mana... na maioria das vezes, mas já não disfarça que às vezes ela enerva-o um bocadinho, pois rouba-lhe tempo e rouba-lhe colo. Mas passa a vida a dar-lhe beijinhos e continua a querer lambê-la. Talvez poruqe desde a gravidez que cantamos juntos a música da Ana Faria "Oh Clarinha olha as pombas" e que termina com um "já não sei quem é mais doce, se são as pombas... se és tu!..." Passa a vida a prová-la para saber a resposta...
Ela cresceu, há 15 dias pesava 3,550kg e media 48,5cm... hoje devia ir à balança, mas tá uma chuva tão triste... já lhe reconheço alguns choros, o da fome, tão de menina... o do sono, quando não consegue adormecer sozinha, tão desesperado. E das dorzinhas, encolhendo-se e agitando pés e mãos. Ainda tão doce e frágil... ao mesmo tempo... tão eternamente nossa...


Obrigada a todos que por aqui passam, querendo-nos bem, pensando em nós. Obrigada por estarem aqui!

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Devagar

Devagar se volta à rotina... as férias foram em casa, como de quarentena, a recuperar do internamento, a tentar fortalecer as defesas. O diagnóstico diz broncopneumonia, a médica apelidou-a de ligeira. O antibiótico e nebulizações fizeram melhorias, e o João saiu do hospital a tempo de passar o Natal em família. O internamento foi complicado, pai e mãe alternando a companhia. Felizmente é a dois minutos a pé de casa. A avó estagiou cá em casa e velava o sono da Clara, a mãe voltava para a mamada... ao fim de três dias... o leite parecia menos, mas felizmente com o regresso a casa do pequenito as coisas normalizaram.


Em casa com todos, foram assim estes dias de festas, e ainda o João se mantém por casa até nova consulta dia 7. A tosse melhorou mas ainda persiste. O rastreio de alergias deu negativo, apenas parece ter uma grande sensibilidade no pulmões e as doenças e os virus parecem ir alojar-se sempre neste orgão.

Depois de mais de duas semanas dentro de portas no sábado, aproveitando a hora mais quentinha fomos os dois andar um pouco a pé, coisa tão simples que o deixou tão feliz....

A mãe anda cansada, os sonos são intervalados, de manhã o João sempre acorda muito cedo.
A mana é muito sossegadinha, vale-nos isso e o os filmes de dvd que adora ver e rever... e assim evitamos que passe o dia a correr pela casa.

Os dias regressam devagar à normalidade, se é que alguma vez regressarão... pois tudo o que agora é normal, é também diferente.

Para todos os que se encontram nestas palavras os nossos votos de muita luz e muita saúde para 2009, tudo o resto acreditem que aos poucos se conquista!

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