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Dias Mornos

Ontem foi dia de consulta dupla... e quase simultânea... o pai Edu deixou-me no Hospital e rumou ao Centro de Saúde com o João.

Capítulo primeiro: Obstetricia
Cheguei em cima da hora, já a médica tinha ido tomar um café pois não tinha paciêntes. De louvar ter uma médica que é sempre pontual... ainda mais num Hospital público.
A enfermeira viu-nos (a mim e à Clarinha... se se estão a perguntar porque falo sempre no plural... é mesmo porque agora sou duas)... e ouviu o coração da pequenita... como um cavalinho! A tensão sempre baixa... e nenhuma infecção.... não mediu a altura uterina como de costume, mas também isso agora é o que menos me preocupa... já sei que está baixa para o tempo, pois a piolha está toda descidinha.

A médica chegou do café antes da enfermeira terminar e veio lá buscar-me, ao reparar como eu andava tão devagarinho perguntou se ainda sentia dores... dores não sinto, mas a pequena tá tão lá em baixo que faz um pouco de impressão a andar.

Recomendação nº1: Usar cinta, pelo menos quando tiver de sair de casa, para as consultas entenda-se, não podemos ir a mais lado nenhum. (Em casa estou sentada ou deitada e não preciso)

ver o processo... conversa... esclarecimentos... observação... conclusões...

As próximas 3 semanas são fundamentais, descanso, repouso e tudo o mais que possa ajudar a que o quadro se mantenha.

Quadro diagnosticado: Colo muito mole mas fechado. (convém não se extinguir nem dilatar nas próximas semanas... a situação pode alterar-se a qualquer momento - Cautela)

É normal?

Primeira resposta: Não acontece a todas, felizmente, mas é uma situação que acontece frequentemente. Clinicamente designa-se por um APPT (que quer dizer nem mais nem menos que Ameaça de Parto PremaTuro)... calhou-nos a nós.

Vai aguentar mais umas semanas?

Segunda Resposta: Temos de fazer por isso... pelas 34, como tomamos corticóides que ajudam ao amuderecimento do pulmão já não há tantos perigos... sossegadita pelo menos até lá...

Próxima Avaliação 1: Ecografia já amanhã

Próxima Avaliação 2: Consulta dia 12 de Novembro (15 dias depois às 33 semanas e pico).

E ansiedade... também não ajuda não é? é que eu ando com uma falta de ar...

Terceira Resposta: Medicação: magnésio para evitar contracções, continuar o ferro para combater a anemia, um leve ansiolítico para enfrentar a falta de ar.

Quarta Resposta: prorrogação da baixa até final de Novembro.

Pergunta esquecida: Será que devo comprar roupa de prematuro? Tenho alguns zeros... mas prematuro não. Bem, amanhã na eco também se vê o tamanhito da bebé.

Capítulo 2: Consulta do João,
chegam de carro depois da mãe já ter tomado um chazinho que as liga dos amigos do Hospital sempre tem disponível, mas cevada, leite, bolachinhas... uns amores (gostava de ser voluntária... mas isso seria um outro capítulo...)

O João portou-se lindamente, e todos ficam admirados com a sua eloquência... fala muito... e até direitinho. O médico observou e com a auscultação já não detectou qualquer problema nos pulmões... ao que parece o antibiótico já faz efeito! Ficamos contentes, mas não aliviados... penso que irei seguir o concelho da tia P. que nos vai arranjar a fazer um raio X para controlo. Eu sei que é radiação.... mas ao mesmo tempo parece-me mais seguro... a ver.

Veio todo o satisfeito:

Primeira Observação: Já estou bom. (logo) Quero um gelado da vaquinha!

Segunda Observação: (um pouco mais tarde): Já estás boa mãe. (Não ainda estou fraquinha, desculpa para não lhe dar colo) - Então porque não comes tudo!!!!


Epílogo ou Conclusão
Os dias não são gigantes, são antes umas figuras esguias que vamos contornando. O joão não é menino caseiro (nem a mãe diga-se em muito breve passagem), e o mais difícil é combater a sua neura por ter energia de sobra e ter de se confinar a estes escassos metros quadrados. Não corras João, para não suar, não grites João, para não puxar pelos pulmões, não sentes no chão João que é frio... não... e não... e o sim? onde fica... tenho pouca imaginação para brincadeiras em que eu fico irremediávelmente sentada e ele também... e confesso que a paciência não anda na mó de cima... são apenas várias figuras esguias... todas alinhadas... vamos espreitando lá para o fundo... para as figuras que parecem árvores de ramos frondosos abertos, em que cada um se diverte colhendo folhas, comendo frutos.

Apenas daqui de onde espreito o caminho.

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:(

O João está com uma pneumonia :(

...

O papá terá de ficar em casa com os dois...

...

Serão dias difíceis....

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Novo desenho dos caminhos

A vida não está toda desenhada nos dias que por aí vêm ao nosso encontro. Não se podem contar os dias como contas de um colar oferecido, há que as recolher, e uma a uma, ir colocando na linha que os segura e os alinha.

Assim vêm as surpresas, as boas e as que nos balançam... as que desejamos e as que nunca nos atrevemos a imaginar.

Na segunda feira a manhã aconteceu em dor forte... uma tentativa de viver o dia de modo normal, levar o João à escola, ir para o trabalho... e as dores a não me abandonarem. Sigo para as urgências... uma triagem absurda coloca-me pulseira verde e manda-me para fora esperar (quando sempre subi ao bloco de partos). Fui vista por um médico generalista uns 20 minutos depois... que me apalpou a barriga e então mandou subir ao bloco. Monitorização no cardiotocógrafo e umas 20 contrações em uma hora... fui observada e imediatamente internada... estava a entrar em trabalho de parto. Injectaram-me nas veias uma medicação durante mais de 12 horas.. que em pouco tempo aliviou a dor e parou as contracções. Mais injecções para darem maturidade aos pulmões da bebé caso ela se atrevesse mesmo a nascer. Três dias de internamento, sem me levantar para nada... (as aparadeiras são o objecto mais terrível em todo um hospital...).

A Clarinha sossegou mas com as contracções ficou toda encaixada e descida... voltamos ontem para casa... com recomendação de muito repouso... para ver se as semanas se alongam e multiplicam até ela crescer e maturar mais um pouco.

Reaprender então a paciência, o respeitar o tempo que dura cada hora, vencer cada dia...
Pensei que desta vez não iria conhecer o repouso, tudo indicava perfeição. Talvez um esforço a mais, talvez apenas o tem de ser inevitável das coisas... e um aceitar e esperar, com cuidado e com zelo em cada passo.

O João assumiu o internamento com seriedade, portando-se como um homem grande. Desde que cheguei a casa que está mais carente, pede a mãe... e a mãe não pode o ajudar, nem tratar. Posso mimar, quando chega ao fim do dia e se aninha ao meu lado no sofá.

É um treino e uma prova para todos... para os homens da casa, para o meu menino e para mim... o prémio chegará ao fim de cada semana vencida. Ao fim de cada dia em sossego.

oxalá minha linda Clara, possas te aquecer neste ventre por mais algum tempo.
Eu aqui te abrigarei!

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hehehehe


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À Beira de um Ataque de Nervos e retrato de um ventre que é meu

Assim é o estado quase diário do João.
Prestes a explodir. Irritadiço. Pouco tolerante ao que não é do seu agrado. Com choros e gritos frequentes. Ataques de ansiedade se alguma coisa foge ao seu controlo. Voltou a fazer xixi na cama e tive de me resignar e voltar a colocar-lhe a fralda à noite. Não havia lençóis que resistissem. Se não faz xixi acorda entre pesadelos ou a dizer que já não quer dormir mais (coisa que nunca tinha acontecido). Ficou assim de repente. Sempre foi um menino teimoso e com alguns caprichos. Mas o comportamento das últimas semanas é quase incompreensível. Não sei se é ansiedade pela chegada da irmã. Se vou pensar que é uma fase e desculpar-lhe e depois fico com um tirano irascível em casa. Se o devo castigar... se o devo mimar...
Tento entender os motivos... à dias queixava-se que um amiguinho na escola (aquele amiguinho que já é do peito e de quem tanto fala) já não gostava mais dele, que não era seu amigo... eu pergunto-me onde é que uma criança que ainda nem 3 anos fez vai buscar estes sentimentos... tão próprios de outras infâncias.
Sei que ando ansiosa, a gravidez tem sido assim... tranquila fisicamente, mas cheia de ansiedade em mim. Talvez essa ansiedade também lhe chegue, e a sua reacção seja mostrar raiva. Não sei como agir... se castigo-o, se o abraço... sei que também não estou no auge dos meus limites e também me descontrolo. Nem sempre tenho a palavra certa... tão apregoada por psicólogos e afins nas afamadas revistas. Nem sempre temos o peso certo na balança das emoções.
Pelo sim pelo não, há um acordo mais ou menos implícito lá por casa de não falar demasiado na mana, deixar as coisas acontecerem, não puxar muito o assunto, pois no fundo, se começa já a sofrer quando nascer será a dobrar de qualquer maneira. Ele já sabe muitas coisas sobre a mana, às vezes puxa ele o assunto e então sim, conversa-se. Não lhe mostrei as roupinhas e mesmo os brinquedos que ele ajudou a separar por já serem de bebé, voltou a pedir um deles e tem dormido agarrado ao seu caracol durante a noite.
O pacto foi quebrado para ver o dvd com a fotografia da mana, cortesia do Sr. Pai Natal que mandou esta espécie de postal ainda antes de o presentear com a mana. Viu com a máxima atenção, com expressão de espanto e curiosidade. Não sei o que entendeu, nem o que sentiu... fica esse mistério de quanto da vida é que estes olhos pequeninos alcançam.
Quanto a nós, com curiosidade e com amor pelo mistério insondável que é o de vidas fazer vida, vimos também as primeiras imagens mais realistas do ser que aqui habita. Deslumbrados deixamo-nos a suspirar... está tudo bem, tudo tranquilo no reino do ventre.
Apresentamos aqui a mana Clara:

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