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Surpreendente

Surpreendente mesmo é a sua linguagem, e o modo com que associa conceitos e coisas que ainda não tínhamos percebido que ele já compreendia. Ouve atento tudo, tudo... e sorri se percebe que falamos dele. A mim encanta-me esta fase de menino mais crescido e sabidolas, e ainda tão bebé que cabe no colo. Às vezes, com um olhar cristalino, que tudo regista, fixo-o assim, nesse estar tão seu, e demorando-me nos seu olhos tento guardar cada momento mágico só para mim.
As suas palavras enchem a casa e até, de vez em quando, enchem os sorrisos, de tão inteligentes ou tão disparatadas. As palavras, o adormecer ao meu lado, com o respirar sossegado por fim, no final de um dia de brincadeiras. Depois escapo-me com uma pequena mentira... vou buscar um casaco, vou levar o biberon à cozinha, e pondo a mão por dentro da sua camisola, buscando conforto, aconchega-se no seu mundo fabricado pelas noites, e adormece na luz verde pálida que inunda o quarto.
Ao fim do dia sinto-me geralmente muito cansada, com muito sono... mas invariavelmente muito feliz.

A Clara foi à Obstetra esta semana, pelas 20 da sua existência em mim. A barriga muito pequenita fez-me pensar se tudo estaria bem. O coraçãozinho palpitante e uns quantos pontapés fizeram o coração de mãe relaxar. A tensão baixíssima, uns míseros 4,6 - 8,9 deixaram uma cara de preocupação à enfermeira. Medida uns 10 minutos depois, tinha subido um pontinho... tomar um cafezito (ao qual enjoei e cortei por completo) e bacalhau :) não há muito mais a fazer... esta manhã o pequeno almoço (sem bacalhau) levou umas colherzinhas do pó energético. A mãe engordou já 2Kg, e apesar de ainda sentir alguns enjoos, já a azia de vez em quando aparece.
Para a semana faremos a Eco morfológica. Como sou atendida no Hospital, por aqui andei na gravidez muito difícil do João, e por adorar a minha médica, farei a Eco também aqui , mas odeio a insensibilidade do médico que faz as ecografias... vou respirar fundo e tentar confiar no profissionalismo e fazer pouco caso do modo como as palavras são ditas... se correr mal peço uma credencial e repito-a noutro sítio.


O João fala na Clara, às vezes com carinho, outras com manifesto desinteresse. Às vezes chama-lhe Rabiela (Gabriela, uma das hipóteses que nos ouviu a escolher). Sabe que é a mana dele, que é uma menina, e até já lhe tentou dar banho, molhando a minha barriga com o chuveiro. Espreita pelo umbigo á sua procura, e consentiu em ficar com a mão à espera que ela se mexesse. Como os movimentos são discretos, não sentiu nada, mas em conversa diz que sim, e hora diz que a mana está a dormir, ora que ela se está a mexer.

E enche de alegria os nossos corações a sobrinha Maria Inês que nasceu ontem pelo meio dia e meio. O parto foi rápido e mãe e filha na melhor forma. Ela é muito pequenina e cheia de um cabelinho muito preto. O João não a pode ir ver, não tem licensa para entrar no hospital, e ficou um pouco triste. Este ano é a segunda prima e assim vai-se habituando à ideia que os bebés escondidos na barriga, depois vêm muito pequeninos abrilhantar os nossos dias. Para a mana ainda faltam uns 4 meses, 4 meses para cativar, para conquistar o seu coração, e minimizar o impacto de ter de dividir todas as atenções. Com o mano grande não sente isso, pois o mano grande é mais um a dar mimo, a cuidar... mais um "grande" à volta do seu reinado.

Este mano grande está a viver connosco, a vida permita, que como é seu desejo fique connosco para sempre. A situação é delicada... mas aqui, dentro da nossa porta, neste abrigo de muralhas que chamamos casa. Tudo fica lá fora, os conflitos, a negligência, a incompreensão. Aqui dentro vive uma família de 5, na harmonia de todas as famílias, a desejar um futuro cada vez mais risonho só nosso. O joão encantado, por todos os dias, poder ir acordar o seu mano, aos saltos e aos beijos, com um abraço que é tão seu e tão nosso.

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Coisas

Descemos as escadas, rumo ao carro que nos levará a casa da Vovó, chegaram as férias da creche... as dos pais ainda esperam mais um pouco. À porta de casa vê uma senhora a fumar:

- Mamã as senhoras podem fumar?
- Podem filho, as senhoras e os senhores muito grandes podem fumar quando estão na rua, mas os pequeninos não podem fumar.
- Porquê?
E eu que descalce a bota...
- Porque se fumarem não crescem, nem ficam fortes, nem jogam à bola...
- Eu fumo com o dedo mamã!
E espeta o indicador na boca tirando-o em seguida e soprando como se fosse fumo...
- "..."

*
Ontem à noite... tentando escapar como sempre ao banho (depois de entrar não quer sair, mas para convence-lo a entrar é um sarilho), vem então sentar-se ao meu colo, já de chupeta na boca (que tem mais 15 dias de autorização de uso e depois terá de ir embora):
- Eu não quero tomar banho, eu tenho de ir dormir... (e apontando lá para fora diz) já tá muito de noite, vês?

Confesso: ele às vezes desconcerta-me!

**

A mana já tem nome...
como um presente que já se começa a desembrulhar:
CLARA!
podem-lhe chamar :D

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